A maneira tradicional de ensinar diante da nova geração
*Marcelo Henrique dos Santos
O processo do ensino e aprendizagem é uma atividade que acontece em um contexto institucional, hierarquizado e com diferentes níveis de decisão: a sala de aula (podendo ser presencial ou online), o centro e todo o sistema educacional.
Nesse contexto, que reflete valores, crenças e formas de ação (relacionadas ao sistema social), os professores tendem a internalizar, de forma não reflexiva, certos comportamentos profissionais determinados que são basicamente resumidos nos seguintes itens: manter a ordem na sala de aula, explicar o conteúdo, qualificar e apresentar alguns elementos no formato textual (como um recurso fundamental da didática).
Esse processo de socialização gera a crença de que os comportamentos constituem o “modo natural de ensinar”, ignorando que essas práticas, supostamente “naturais” são suscetíveis de serem analisadas, categorizando-as e, portanto, submetido a revisão crítica.
Essa estrutura é baseada na dinâmica de aula a partir da transmissão verbal de conteúdo sem a conexão direta com a realidade e organizada de forma cumulativa e disciplinada. A inovação pode contribuir para a “ruptura com o paradigma dominante, fazendo avançar em diferentes âmbitos, formas alternativas de trabalhos que quebrem com a estrutura tradicional”.
Uma perspectiva científica e tecnológica que tem sido procurada pelas instituições inovadoras é a busca por uma maior agilidade nos processos de ensino, propondo como alternativa a descrição dos aprendizados esperado em termos de comportamento observável e da programação exaustiva de mídia (atividades e recursos) que os tornam possíveis.
O papel do aluno, nessa abordagem, é desenvolver um conjunto de Respostas de aprendizagem, seguindo as orientações e sequências das atividades determinadas antecipadamente pelo professor.
Uma das qualidades mais importantes do professor é a de saber estabelecer vínculos entre as tarefas escolares e as condições prévias dos alunos, é ser capaz de provocar no aluno uma tensão e vontade de superá-las. As atividades não escolares não podem exceder a capacidade de entendimento dos alunos; também não devem ser tão fáceis que não exijam pelo menos um pouco de esforço para resolvê-las. As dificuldades só têm valor quando favorecem a ativação e o direcionamento dos meios para assimilação ativa dos conteúdos.
O ensino é uma causa direta e única de aprendizagem, portanto tudo o que é ensinado deve ser aprendido, a menos que os alunos não tenham algumas atitudes esperadas ou algum problema clínico que deve ser analisado pelo professor e encaminhado para o profissional capacitado. Essas técnicas de ensino, são suscetíveis de serem aplicadas por pessoas diferentes, em qualquer situação, com a probabilidade de obter resultados extraordinários.
*Marcelo Henrique dos Santos é bacharel em Sistemas de Informação, especialista em Games, Marketing e Vendas e em Negócios em Mídias Digitais, mestrando em Educação é desenvolvedor e professor do curso de Jogos Digitais da FMU.