O jornalismo que o meio ambiente precisa!
Dois dias para ampliar conhecimentos, fomentar a Rede de Jornalistas Ambientais e dialogar sobre conjuntura, pautas, tecnologias e oportunidades
O jornalismo é a extensão dos olhos e ouvidos da sociedade e a voz que ecoa nos ouvidos do poder. No caso do jornalismo que cobre temas socioambientais essa extensão é ainda amais longa, especialmente em um país continental e biodiverso como o Brasil.
Nos últimos anos a realidade do jornalismo ambiental tornou-se de extrema complexidade, pois, além de enfrentar os dilemas próprios do jornalismo, como a disrupção tecnológica, a migração para o ecossistema digital e o derretimento dos modelos de negócios das empresas e perda das fontes de financiamento, depara-se com suas questões específicas.
O jornalismo ambiental tornou-se mais complexo, se viu imerso em temas antes delegados aos cientistas, aproximou-se da economia com o crescimento do viés da sustentabilidade, teve de conhecer produtos e processos para abordar temas relativos ao consumo, às embalagens e aos processos produtivos e tornou-se um especialista em relações internacionais, com as conferências climáticas e objetivos globais.
O jornalismo ambiental tornou-se uma das áreas do conhecimento mais abrangentes do campo dos profissionais de comunicação. É comum encontrar entre os jornalistas que se dedicam à essa pauta mestres e doutores em gestão ambiental, em economia ambiental, em biologia e outras áreas que podem ajudar a qualificar a abordagem de temas sociais e ambientais.
É neste cenário caótico e desafiador que o Instituto Envolverde e a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA) irão realizar o Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental – CBJA 2019, nos dias 9 e 10 de agosto de 2019 na Unibes Cultural, em São Paulo.
Serão dois dias de diálogos alinhados diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como paradigma e vetor para a construção de pautas.
O evento conta com a presença dos mais importantes jornalistas e ambientalistas do país, profissionais de comunicação e estudantes que vão dialogar sobre as demandas da profissão, suas perspectivas e como enfrentar essa nova realidade surgida da transição política, econômica e dos novos paradigmas da governança ambiental.
Ruptura Tecnológica
O Congresso também irá abordar aspectos da transição tecnológica, com a migração do consumidor de informação para o ecossistema digital, uma das mais profundas rupturas já vividas por um campo profissional. Isso se reflete não apenas no formato de apresentação do jornalismo, mas também em seus modelos de negócios. A reconstrução da imprensa como setor econômico é parte do atual momento disruptivo.
O Congresso conta com patrocínios importantes da iniciativa privada como das empresas Accor, Nespresso e Vivo. Além de fundamentais apoios de organizações e entidades do terceiro setor.