Neuroeducador defende que mais vale assistir 50 aulas de 10 minutos do que 10 aulas de 50 minutos
Desde os anos 1990 é percebido o desenvolvimento expressivo das Neurociências em campos para além do mundo acadêmico, como na cultura popular e em disciplinas científicas que, em princípio, não teriam relação com esse campo. Em decorrência disso, áreas de pesquisa híbridas têm se constituído, tais como o campo de interlocuções entre Neurociências e Educação, o que hoje chamamos de Neuroeducação.
Esse campo de estudo combina neurociência, psicologia e educação com o intuito de decifrar processos cognitivos e emocionais que originem melhores métodos de ensino e currículos. No mundo atual, os professores querem e precisam, cada vez mais, saber sobre como os seus alunos aprendem e memorizam as informações ensinadas, enquanto os neurocientistas querem saber como essas indagações dos professores podem sugerir novas pesquisas em neurociência.
Em entrevista concedida à publicação espanhola El País, o neuroeducador Francisco Mora, autor do livro “Neuroeducación. Solo se puede aprender aquello que se ama” (Neuroeducação. Só se pode aprender aquilo que se ama), defende que a educação deve ser transformada para tornar a aprendizagem mais eficaz. Além da provocação no título do livro, ele defende também a necessidade de reduzir o tempo das aulas para menos de 50 minutos para que os alunos sejam capazes de manter a atenção. O neuroeducador também alerta sobre o que ele chama de neuromitos, concepções equivocadas sobre o cérebro que ainda são considerados válidas na educação.
Leia a entrevista completa concedida para a publicação espanhola El País:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/17/economia/1487331225_284546.html